terça-feira, 6 de novembro de 2007

Vantagens e Desvantagens por Ana Luiza de Beaurepaire

Vantagens
- Na prática, as empresas de telecomunicações poderão entrar no negócio de Pay TV, oferencendo assim um pacote completo (4Play: Telefonia, Banda Larga, Telefonia Móvel e TV por Assinatura.)
- Nas Redes convencionais todos os canais são enviados para o consumidor, estando presentes á entrada do receptor. No IPTV os canais são disponilizados a pedido. Em situações mais favoráveis de compressão estarão presentes dois canais, o que permite a visualização de um e a gravação de outro, limitando-se apenas a banda disponível do usuário.
- O IPTV é a oportunidade das operadoras de telecomunicação de definitivamente se tornarem Triple Players, ou seja, provedoras de telefonia, internet e televisão, assim como já são muitas das Operadoras de TV a cabo no país.
- No Brasil a NET já oferece o pacote 3Play, com TV, Banda Larga e Telefonia, com o VOIP da Embratel.
- Além de beneficiar as telcos, esta tecnologia permite maior interação dos usuários com a TV, trazendo a escolha de conteúdo para suas mãos, além de poder significar uma redução significativa no valor do pacote fechado, em uma única conta.
- O IPTV opera portanto de forma diferente dos sistemas tradicionais de televisão (cabo, satélite e terrestre), dado que só os programas selecionados e os conteúdos "on-Demand" são distribuídos ao consumidor. O IPTV dispõe sempre de duas vias de comunicação, oferecendo uma verdadeira interatividade entre o utilizador e o sistema.
- Com a IPTV é possível, por exemplo, atender a uma chamada telefônica na televisão e ver, em uma janela Picture-in-Picture, a imagem da pessoa com quem se está falando. É possível, também, comprar imediatamente um produto que esteja sendo anunciado, ou que seja exibido em uma novela.


- A IP.TV utiliza uma plataforma de comunicação mais vantajosa do que as tradicionais. Em primeiro lugar, pode-se destacar a possibilidade de mobilidade de pontos de transmissão de conteúdos, haja vista que os equipamentos para este fim são de baixo custo.
- Outra vantagem oferecida pela IP.TV é a constante evolução tecnológica experimentada por seus usuários. Por ser utilizada em redes de computadores normais e não estar atrelada a um equipamento dedicado - como é o caso das TVs a cabo ou via satélite - que dependem dos seus específicos decodificadores (setup boxes) - sempre que PCs e softwares avançarem rumo a uma nova geração, a IP.TV ganhará novos recursos.
- Em um mesmo ambiente operacional, o usuário é capaz de acessar e gerar informações através de recursos como videoconferência; simpósio, chats, notificações, quadro digital, além de visualizar coletivamente aplicativos.
- A IP.TV alia o baixo custo das transmissões multiponto com a interatividade propiciada pelas redes e seus computadores.
- Outro fator de inovação é a capacidade de se realizar, também, transmissões a partir de unidades móveis, em tempo real, contando com todos os recursos de colaboração a custos bastante acessíveis.
- Deverá funcionar como uma operadora de TV de fato, pois a sua rede - privativa e dividida em canais - deve ser explorada livremente por seus clientes.
- Realizada a preparação da infra-estrutura de comunicação, o cliente fará uso de um ou mais canais, de acordo com suas necessidades, por um custo operacional fixo mensal, independente da quantidade de computadores conectados na rede IP.TV.
- A qualidade da IPTV é a mesma ou melhor que TV digital e, nela, quem controla a “programação” é você, espectador (ou usuário) e não o “programador central”. Contexto, agregação, armazenamento, busca e recuperação de conteúdo serão muito mais importantes do que horário.

- Banda larga, muito larga, é na verdade a grande vantagem de IPTV: vendo tv na rede, você está na rede, claro. E pode combinar com seus amigos ver o mesmo programa e interagir com eles, enquanto o show, futebol ou novela está rolando. A interação não precisa ser pela infra-estrutura de IPTV; se seu set top box deixar, ou se você tiver IPTV num PC, pode rolar em Skype ou qualquer outra coisa que você queira. Só é preciso ter banda larga (de verdade) nas duas direções… principalmente se vocês estiverem querendo ver uns aos outros numa (por exemplo) torcida virtual muito real, na sala de cada um. Ou se o “programa” -- o que pode ser muito mais interessante -- forem vocês. Uma câmera na mão e banda larga à disposição e cada um será, pelo menos, um canal.
- Em IPTV, desde que as aplicações estejam disponíveis, TV deixa de ser TV e passa a ser um conjunto de aplicações multimídia, interativas e verdadeiramente multidirecionais, sobre a plataforma IP. Você pode parar a programação enquanto vai ao banheiro; pode trazer vídeos, sob demanda, para seu set top box enquanto vê outro programa… não que você precise, porque alguma hora sua banda vai exceder 100 megabits por segundo, e isso dá pra bem mais do que dois vídeos simultaneamente.

- Mas a parte mais interessante é que IPTV pode ser o tratamento ideal do long tail de entretenimento, aquelas milhões de demandas individuais ou de pequenas comunidades que nunca conseguirão se tornar “horário” de nenhuma estação, porque a audiência será sempre muito pequena para justificar o patrocínio. IPTV muda quase tudo: um relatório recente de Bear Stearns diz que no futuro agregação e contexto e (não necessariamente) conteúdo serão os reis do entretenimento. Se eles estiverem certos, o mercado do futuro não vai ter as mesmas empresas que estamos vendo hoje de jeito nenhum. Porque a tecnologia está mudando a equação de criação de conteúdo, tanto ou mais do que muda o processo de sua distribuição. Os mercados (dois, audiência de um lado e criação de outro) vão se fragmentar muito mais e os nichos serão ínfimos; ganhará quem conseguir filtrar e empacotar a miríade de alternativas disponíveis, dar-lhes contexto e agregar experiência e valor aos mesmos.


Agora, uma pergunta:
Haverá TV aberta daqui a vinte anos? Sim. Terá a mesma importância de hoje? Não. Especialmente onde IPTV for uma alternativa real para o usuário. Porque posso estar interessado somente nas provas de natação da olimpíada e ter a visão apenas das câmeras da piscina, em tempo real, mesmo que não haja áudio ou competição e só gente treinando. Tal “programa” jamais encontrará patrocinadores ou espaço na grade de programação normal. Pense em dez canais de TV aberta. Pense em 200 canais via satélite. Imagine, agora, um número infinito de canais de TV em banda larga. Incluindo a câmera daquela barraca na praia de Maracaípe, pra você ver quem está pegando onda enquanto você está no trampo.

Desvantagens:

- Para se ter um serviço de IPTV de alta qualidade, nível Brodcasting é necessário uma banda larga de pelo menos 8 mega

- Bill Gates anunciou ao mundo, em Davos, que IPTV vai mudar o mundo da TV em cinco anos. Otimista ele. Devia estar falando apenas dos países muito ricos, onde banda larga é larga mesmo. Aqui de onde eu (tento) ver o mundo, há horas em que a “banda larga” não dá mais de 200kbps. Parece sinal de fumaça. Os cinco anos de Gates, aqui, podem vir a ser dez, quinze ou mais, no pior caso, que é o da Anatel continuar parada, sem cobrar performance e tampouco universalização de serviços das operadora

- Mas IPTV precisa de banda larga de verdade, e uma experiência de uso multicanal, picture-in-picture, gravando outro programa ao mesmo tempo, vai pedir vinte megabit por segundo ou mais.

-Só tem um pequeno problema: do jeito que a Microsoft, entre outras, está montando seu negócio de IPTV, as operadoras de telecom têm um papel fundamental… É por lá que os “canais” passam e a “interação” volta e onde os vídeos que se pega, sob demanda, estão hospedados. Há uma variedade de explicações para tal decisão, como o fato da tele administrar a qualidade de serviço da rede para garantir a performance das aplicações… o que pode detonar, de vez, qualquer princípio de neutralidade da rede. Mas é bem mais provável que haja teles no meio do campo porque suas redes são fechadas e as aplicações e conteúdo, lá, ficam teoricamente mais seguras (e nós não podemos instalar nada) e porque teles têm uma longa experiência e história de precificar e cobrar pelo uso dos seus serviços, coisa que as TVs ainda não entenderam que vai ser fundamental no futuro. As teles sabem onde os clientes estão e lhes enviam contas telefônicas desde que J. P. Morgan financiava Graham Bell no fim do século 19.

- Em Davos, Gates estava anunciando – também -- que seu (novo) negócio é mídia e interação. Que o mercado de PCs e seu software está mudando e que sua aposta passa a ser a fusão PC-game-TV na sala, servindo de infra-estrutura pra tudo o que a família faz. Segundo ele, rodando software da Microsoft e, se tudo cer certo, em hardware Microsof.

- Nem toda a rede telefônica suporta este serviço;

- As áreas mais remotas continuam a não poder usufruir deste serviço;

- Difícil aceitação por parte dos clientes;

- Norma onde ainda existem algumas falhas;

- Grande investimento por parte dos operadores de modo a renovar a rede já existente;


Sites bacanas:
http://www.swbrasilia.com.br/iptv/iptv.htm
http://silviomeira.globolog.com.br/archive_2007_03_03_10.html
http://www.img.lx.it.pt/~fp/cav/ano2006_2007/MERC/Trab_9/pagina/comparacao%20tecnologias.html

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