sábado, 3 de novembro de 2007

Relaçao das teles com IPTV (Letícia Rodrigues)

Operadoras de Telecomunicações X TVs por Assinatura
A relação entre as teles (operadoras de telecomunicações) com a IPTV é simples: elas podem ser os players de serviço de IPTV, ou seja, podem ser elas que oferecerão os serviços de TV a cabo pela internet para os usuários domésticos. Além de simples, essa relação é totalmente viável. As teles possuem toda a infra-estrutura necessária para disponibilizar esse serviço e são fortes concorrentes na disputa pelo mercado de TV paga. Elas podem oferecer conteúdos sob demanda que vão além das restrições de horários do pay-per-view, apresentando uma TV genuinamente personalizável, e a interatividade é garantida pelos canais de comunicação direta com a operadora.
No entanto, as operadoras de telefonia ainda não podem entrar nessa disputa. Em primeiro lugar, existem questões legais que as impedem de assumir esse papel. A chamada Lei do Cabo, que rege a atuação das empresas de TV paga, proíbe que as teles atuem como provedoras de serviços de transmissão de TV similares aos serviços por assinatura oferecidos por cabo ou satélite nas suas áreas de concessão de telefonia fixa. Ou seja, a Telefônica - que já oferece IPTV na Espanha e no Chile -, por exemplo, não pode prestar serviços de broadcasting de IPTV em São Paulo, onde atua como prestadora de serviços de telefonia fixa.
Do outro lado, a Associação Brasileira de TVs por Assinatura alega que o Brasil precisaria de um ambiente mais competitivo na telefonia fixa e em banda larga para que as empresas de TV a cabo pudessem enfrentar a ofensiva das teles em TV por assinatura. Um estudo apresentado pela Frost&Sulliva analisou o impacto da entrada das teles hoje e conclui que elas poderiam, com a oferta de serviços de IPTV abocanhar em curto prazo, no ano de 2008, 10% do mercado de TV por assinatura, ampliando essa participação para 19% em 2010.
Segundo outro estudo do Jupiter Research, 52% dos participantes trocariam seu provedor de TV por uma operadora de IPTV caso o serviço fosse mais barato. Essa é a razão pela qual os provedores de TV por assinatura combatem ferozmente a entrada das teles no mercado. Os provedores alegam também que a entrada “prematura” das teles no mercado poderá ser prejudicial ao próprio consumidor: “A perspectiva é que os preços de TV por assinatura caiam em um primeiro momento, mas a competição com as teles pode reduzir o poder de investimento dos provedores de cabo para diminuir os preços em banda larga e telefonia, o que, em longo prazo, vai afetar o consumidor”, aponta o Zago, da IDC. Está pode ser uma das razões pelas quais o governo não está se movimentando para avançar na criação e na aprovação de leis que permitam às operadoras atuar na oferta de TV paga.
Enquanto as leis não permitem a oferta de grades completas de programação contínua, operadoras brasileiras como a Oi/Telemar e a Telefônica testam o modelo de oferta de vídeos sob demanda. No último mês, a Brasil Telecom lançou o Videon, primeiro serviço de distribuição de conteúdo audiovisual sob demanda em banda larga do País.


Fontes: http://oglobo.globo.com/blogs/telefonia/post.asp?cod_Post=50965&a=107

http://pcworld.uol.com.br/reportagens/2007/10/17/idgnoticia.2007-10-17.0600750099/

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