IDC lança boletim sobre IPTV (Rachel Martins)

1 de novembro de 2007 às 16h45

A IDC está com novo serviço, o Continuous Intelligence Service (CIS), boletim mensal dedicado aos clientes da consultoria com assuntos emergentes do mercado de telecomunicações. A primeira edição traz um panorama da situação de IPTV no Brasil, com recomendações da IDC baseadas em estudos de casos de outros países que tiveram êxito na popularização desta tecnologia. Enquanto não há definição de um modelo regulatório para a oferta de IPTV, as operadoras de telefonia seguem firmes no objetivo de agregar o serviço de TV via Internet e realizam seus testes em bairros com boa penetração de banda larga ou se lançam na oferta de serviços de VOD (Video on Demand), modelo permitido por lei.Segundo Vinícius Caetano, analista responsável pelo CIS IPTV, tudo deve ser definido nos próximos dois anos, mas as operadoras devem entender que a demanda por IPTV não vai acontecer somente pela oferta, mas sim pela maneira como o serviço será ofertado. “Nosso CIS mostra que o IPTV pode dar certo no Brasil, desde que oferecido com algum diferencial dos serviços de cabo ou satélite”.E é isso que mostra os casos de êxito na oferta de IPTV ao redor do mundo. Algumas operadoras iniciaram oferecendo canais de TV abertos através de IPTV gratuitamente – os usuários só pagavam quando solicitavam os canais premium. Outras se concentraram na funcionalidade digital, explorando o fato que as operadoras de cabo tradicionais ainda eram majoritariamente analógicas. Outro ponto destacado no estudo é a demanda latente no Brasil pelo serviço de TV paga. “É esperado, no entanto, que as teles ofereçam a IPTV inicialmente em áreas já atendidas por até três operadoras, competindo pelos clientes que já são assinantes do serviço. A estratégia utilizada pelas operadoras deverá, portanto, ter pouco impacto sobre o tamanho total do mercado de TV por assinatura”, lembra Caetano.