terça-feira, 6 de novembro de 2007

Grupo 5 Sobre IPTV no Brasil parte 1

Material de pesquisa de IPTV no Brasil

Enquanto operadoras de telefonia, empresas de TV aberta e órgãos reguladores discutem a viabilidade e as implicações mercadológicas da chegada da IPTV no Brasil, a tecnologia vem crescendo significativamente no resto do mundo. Atualmente, há mais de um milhão de usuários nos dez países que já oferecem os serviços de televisão sobre redes IP.

Pablo Haberer, analista da McKinsey, afirma que as operadoras vêm apostando na tecnologia como uma ferramenta para aumentar a receita e também para fidelizar clientes. No Brasil, o especialista acredita que a chegada da tecnologia traria uma série de benefícios, entre os quais destaca a impulsão no mercado de banda larga - essencial para prestação do serviço -, aumento dos investimentos no setor e o surgimento de pacotes convergentes que beneficiarão o consumidor.

A possível chegada dos novos serviços é vista com cautela, mas não chega a assustar os prestadores de TV por assinatura. "A nossa reação é, claro, defender o investimento feito no legado", afirma Leila Loria, da TVA, explicando que não é contra a novidade. "Nossa relação com o IPTV é a mesma das operadoras de telefonia frente à voz sobre IP". Ricardo Miranda, presidente da SKY Brasil, concorda com Leila, mas destaca a importancia do tratamento isonômico dos players. "Se alguém for fazer TV por assinatura sobre IP, vai ter que seguir o mesmo modelo de negócio que existe hoje", exige o executivo.

Realidade em diversos países da Ásia, Europa e nos Estados Unidos, a IPTV é a tecnologia que permite o broadcast de conteúdo televisivo sobre redes IP. Graças a ela, as operadoras de telecomunicações poderiam tornar-se competidoras das empresas de TV por assinatura ao transmitir conteúdo de TV sobre sua infra-estrutura de banda larga. No Brasil, a IPTV ainda não é oferecida pelas telcos devido a barreiras regulatórias.

São Paulo - Operadora considera convergência como tendência internacional e espera que País adapte sua legislação sobre o assunto.

Brasil Telecom mantém, desde o final do ano passado, um projeto piloto em fase pré-comercial de IPTV, serviço de distribuição de programação televisiva pela internet rápida, a um grupo de 300 usuários selecionados entre sua base de clientes de Brasília.

Enquanto outras concessionárias avançam na tentativa de ingressar no segmento de TV por assinatura, a companhia, entretanto, prefere aguardar as mudanças nas regras.
O piloto de IPTV envolve a distribuição, sob demanda, como em uma espécie de locadora virtual, de filmes, cartoons, shows e jogos para a base de clientes de banda larga. Essa oferta pontual está dentro do que hoje é permitido às concessionárias de telefonia.

Segundo Ricardo Knoepfelmacher, presidente da Brasil Telecom que hoje participou de teleconferência com analistas, "o piloto é um sucesso" e a companhia vai preferir "acompanhar com interesse e cuidado" o assunto antes de estender a oferta.
A estratégia difere da tomada pela Telefônica, por exemplo, que no final do ano passado acertou uma parceria comercial com a Astralsat, de TV paga via satélite, e ainda tenta comprar o controle da TVA, do grupo Abril.

A Telemar também pretende ingressar no setor e espera a aprovação da Anatel para assumir o controle da Way Brasil, de cabos.

De acordo com Ricardo K, como o executivo é conhecido, "a convergência é uma tendência internacional" e o Brasil vai ter de adaptar sua legislação. Segundo ele, no país "existem aberrações como a Lei do Cabo", mas os reguladores "terão de revisitar o assunto".

A Brasil Telecom fechou o ano com 1,31 milhão de usuários de banda larga e sua rede lhe permite, hoje, oferecer IPTV para metade desse contingente. Ainda não há um prazo, entretanto, para que a oferta comercial comece em toda a área de cobertura.
Existem diversos desafios concretos para que os serviços de IPTV se tornem realidade numa operadora. Definir o modelo de negócio, os atributos de serviço e a estratégia comercial vencedora para atender às necessidades do usuário e superar as ofertas já estabelecidas no mercado é um fator primordial para uma proposta bem-sucedida. Além disso, não se deve esquecer que a operadora necessita adquirir expertise em novas áreas que não lhe são familiares, sobretudo aquelas voltadas para aquisição, manipulação e gestão de conteúdo. Não menos importante é a evolução da infra-estrutura tecnológica para suportar o serviço – desde o acesso xDSL ou fibra até o headend, passando pelo backbone e pela adequação dos sistemas de suporte (OSS e BSS).

Implementar uma arquitetura de serviços sólida e escalável, num cenário em que as tecnologias ainda estão em processo de amadurecimento e em que não existem padrões definidos, é um desafio e tanto para as operadoras. O aspecto regulatório também constitui um entrave em muitos países em que os serviços convergentes dessa categoria são difíceis de serem enquadrados no arcabouço legal existente. De fato, neste momento estão em debate no país os trade-offs associados a potenciais ajustes no modelo que permitiriam a oferta de tais serviços e, conseqüentemente, a promoção de um cenário mais competitivo.

Apesar dos desafios, o serviço de IPTV deve refletir, em futuro próximo, uma das alavancas das operadoras de telecomunicações em sua estratégia de ataque a novos mercados e de defesa de sua principal fonte de receitas, os serviços de voz. Ele deve figurar como um dos elementos-chave na batalha pela conquista dos clientes integralmente através de bundles de serviços. A velocidade, o apetite e a forma como cada operadora deverá atacar o mercado de TV dependerá de sua estratégia e da maturidade do mercado em que está inserida.

Um grande nicho para o Linux - o desenvolvimento da IPTV no Brasil, não depende apenas de questões técnicas. Existem três 'barreiras' ou 'abismos' enormes a serem vencidos:

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